Porta do Sol

12 06 2007

Porta do sol

 

 

Ah, o sol! Filho da puta e incandescente sol! Frita minhas idéias, frita as bundas das mulheres e deixam-nas com aquela cor de peru de natal, ou galeto de beira de pista. E ainda vem um zeca, gritar ao mundo inteiro, como se fossemos um vale turismo, que somos a porta do sol. Grande merda! O que isso quer dizer? Somos a porta do câncer de pele? Somos os primeiros a passar protetor solar? Não, não, já sei! Seremos os primeiros do Brasil a desaparecer, ou melhor, ser tostados assim que a terra se aproximar um pouco mais do sol, pois somos a sua própria porta, não? “Somos a mata verde – não, laranja – a esperança”, continua o cidadão. Realmente somos a esperança de um dia nos tornamos algo mais que um rio ruim de navegar, ser mais que um postal que só não fede por ser um postal. A esperança daquela privada imunda e imensa, instalada no meio do centro da cidade, parar de transbordar, porque os corpos pessoenses entupiram o cano por onde passaria a merda, na verdade é tanta merda que, eu acho, que o cano fez greve, saca?

“Por aqui, por favor, essas são as praias, não temos bons artistas, mas temos putas na orla quase toda, não se preocupe, sua merda ou esperma serão jogados no mar bem aqui, á nossa frente, amanhã o senhor poderá nadar um pouco e encontrar, quem sabe, aquilo que seria seu futuro filho da puta, boiando ao seu lado, ou talvez o grande, e grosso cocô que fez pela manhã, antes de decidir relaxar no mar. Apanhe esse cocô e homenageie nossa cidade pondo o seu nome de Porta do sol. Obrigado a preferência e volte sempre, estaremos de rabos abertos para você. Ah, esses gringos, sempre tão excêntricos… somos a porta do sol, desse país lalaiá, tchurururu”…





É DOLOROSO SENTAR E ESCREVER

19 05 2007

 

 

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É DOLOROSO SENTAR E ESCREVER

É doloroso sentar e escrever, escreve puta, escreve. É doloroso sentar e escrever, o verbo naum vem, e só me vem palavrão e a idéia de ser doloroso, daí me vem um cu, um cu enorme, no meio do verso. Eu leio nietzsche em defeco e lembro-me de todos os novos poetas que conheço, e começo a escrever novamente com uma palavra muy bela: MEDIUCRE .

Todos os meus queridos poetas espalhados pela cidade se preocupam em versos de vanguarda, palavras caprichosas ou pensam em revolução ao falar CU. “Cu é um troço que todo mundo tem, muito usado na Grécia antiga para atividades de lazer sendo maquiadas como transporte de conhecimento, via retal, mas tudo bem. Cu é aquela coisa de onde saem coisas geralmente pela manhã, mas também pode ser usado para o sexo, é o seguinte: vc compra um lubrificant…” ah, por favor! me poupem desse cu, eu já me preocupo de mais com o meu, naum me venham com essa de “adquira você também” meus amigos, use vossa inteligência para alem do óbvio, sejam notáveis e naum me decepcionem.

A cidade está repleta de pequenos animais de estimacaum com seus cabelos chocantes que naum chocam e suas idéias petidamente novas, um cansativo cheiro de maconha misturado com um drinque bonito importado qualquer, muita burrice pra acompanhar, e tudo que eu ouço é Cu, cu pra lá, cu pra cá, cu pra quem? Que coisa mais cansativa, eu tenho a porra de um cu , vcs querem o meu? Pois me incomoda bastante, coça pra caralho, nasce pêlo, solta vento, tem vontade própria, É NSUPORTÁVEL!Pronto! Decidido! Meu cu está à venda.